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domingo, 13 de abril de 2014

Diabetes em twisters

                        Diabetes em Twisters

Diabetes em ratos é raro, mas acontece. Um artigo de Claire Jordan em Pro-Rat-a, o boletim informativo da National Fancy Rat Society in England, explica sobre como são os ratos de laboratório ( estimação ) diabéticos.




O início da doença ocorre geralmente por volta dos 90 dias. Os sintomas incluem
aumento de ingestão de água e urina, pelo brilhante e fino, perda de peso e/ou falha nos pelos. Já que a urina contém açúcar, pode ser notado um cheiro adocicado na gaiola.



A insulina é dada aos ratos 1x/dia, por injeção subcutânea. A dose inicial é de 1 unidade de insulina U40 por cada 50g de peso. Se o U40 não estiver disponível, U100 pode ser diluída. Uma unidade é de 0,01ml e é marcada em seringas de insulina.



Se o rato parece indisposto, um exame de sangue é feito para verificar os níveis de açúcar no sangue. O teste pode ser feito com um aparelho chamado Reflolux. Para obter a gota de sangue necessária para o teste, um técnico de laboratório faz um pequeno furo na ponta da cauda do rato. Eles afirmam que é tão indolor que os ratos nem olham para os lados. Você também pode cortar a unha. Dependendo do resultado do exame, a dose pode ser aumentada em até 2 unidades por 50g. 



Por Debbie Ducommun.






Se não tratada, a condição é fatal em poucos meses. Com o tratamento adequado, no entanto, ratos permanecem saudáveis até os 18 meses, altura em que começam a adoecer. 



Caso o rato volte a apresentar apatia, é provável que precise fazer outro exame de sangue para a dose de insulina seja aumentada.



O lugar mais comum para as injeções de insulina é o pescoço. Também pode ser aplicada próxima ao cotovelo ou joelho. 



Quando um rato diabético morre na gaiola, é quase imediato o canibalismo pelos companheiros. Alguns atribuem isso ao cheiro adocicado causado pela doença.






Relação diabetes tipo 2 e obesidade

No passado houve muito debate e pesquisas sobre a relação da diabetes tipo 2 e a obesidade. A questão se alastrou para verificar qual era causa de qual. Só nas últimas décadas uma forte evidência foi encontrada de que o diabetes é, de fato, fortemente genético. Com esse conhecimento recém-adquirido, tornou-se cada vez mais evidente que os indivíduos que herdam certos genes serão mais predispostos a desenvolverem obesidade e resistência à insulina, ou diabetes tipo 2 clássico.



Nos estágios iniciais da diabetes tipo 2 (3-7 meses) existem muitos poucos - se houver - sintomas externos que não a obesidade. O início geralmente não se torna evidente, até os 8-10 meses ou mais. Os sintomas incluem: sede excessiva, aumento da micção (grandes quantidades, urina clara e diluída), pelagem seca e ressecada se danos nos rins estiverem presentes ou se houver insuficiência cardíaca congestiva, pelagem fina e brilhante se não houver danos nos rins, prisão de ventre, retenção de urina, fadiga, fraqueza inexplicável nas patas traseiras, falta de jeito incomum, agitação frenética das patas dianteiras juntamente do ato de lamber os dedos e a palma das patas, coceira inexplicada, esterilidade em fêmeas, cicatrização de feridas prejudicada - mesmo que pequenas, ulcerações nos pés, incluindo pododermatite ulcerativa (Bumblefoot - calosidades), perda de peso inexplicada, hemorragias interoculares espontâneas (sangramento dentro dos olhos/retina), abscessos recorrentes, infecções respiratórias que não respondem a antibióticos ou reaparecem imediatamente após o tratamento e pneumonia. 



As principais complicações causadas pela diabetes são alterações vasculares e neuropatia (danos nos nervos/doença do sistema nervoso). A profunda perda da função cardíaca resulta em ataques cardíacos em 60% dos casos, e é a causa de 25% de morte em ratos. A diabetes também acelera a progressão da aterosclerose (doença inflamatória crônica caracterizada pela formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos, que são placas compostas especialmente por lípidos e tecido fibroso).
Como este processo progride, o diâmetro interno das artérias prejudicadas estreita, o luxo de sangue diminui, os vasos sanguíneos podem ficar bloqueados. Isso pode levar a uma doença arterial coronariana, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC/derrames cerebrais). A pressão arterial elevada é também uma das principais causas de enfarte, derrame e insuficiência cardíaca. Tudo isso, combinado, pode resultar em mortes "inexplicáveis" e súbitas em ratos diabéticos.



Os sintomas da neuropatia incluem: coceira inexplicada, dormência, formigamento, fraqueza e sensação de queimação geralmente começando nos dedos das mãos e dos pés e movendo-se para os braços e pernas. O rato pode demonstrar agitação sem motivo aparente ou lambeção crônica das patas. Ele pode estar empoleirado no prato, comendo feliz quando, de repente, deixa de lado a comida como se tivesse se queimado, se coça e treme e começa a lamber a pata afetada. Dormência pode ser notada caso o rato tropece, torna-se excessivamente desajeitado. Poucos minutos depois, o rato parece estar muito bem. Ele pode estar dormindo profundamente e, de repente, acorda e começa a lamber e agitar uma pata. Estes vários tipos de "episódios" parecem não durar muito tempo, mas reaparecem com frequência.

Diabetes gestacional aumenta o risco de defeitos congênitos. Muitas vezes, a fêmea terá uma gestação anormalmente longa (ou seja, de 23 a 28 dias) e dará à luz um único e monstruosamente grande filhote, ou uma pequena ninhada com filhotes muito grandes. Como a glicose atravessa a placenta, uma fêmea com diabetes pode passar altos níveis de glicose para o feto. Em resposta, o feto secreta grandes quantidades de insulina, o que leva a um crescimento excessivo. Pode ocorrer também a maturação tardia dos pulmões do feto e até mesmo a morte. Também pode ocorrer passagens bloqueadas durante o parto e pré-eclâmpsia (caracterizada pelo aumento da pressão arterial, edema e liberação de proteínas na urina, podendo causar coma e convulsões em estágio avançado)
Problemas respiratórios que não respondem aos antibióticos ou reaparecem rapidamente é mais uma indicação de diabetes tipo 2 em ratos. Esta suscetibilidade à fraqueza respiratória é em função de uma ligeira alteração nas moléculas de proteína na superfície dos pulmões - o que resulta em suscetibilidade à pneumonia e infecções respiratórias -, mas também à insuficiência cardíaca congestiva e estenose da câmara do ventrículo esquerdo, o que provoca acúmulo de líquido nos pulmões, portanto, pneumonia.

Os exames de diagnóstico que podem determinar se um rato é positivo para diabetes tipo 2 incluem o teste de glicemia em jejum, bem como o exame de tolerância à glicose. Exames que verificam a glicose na urina não são confiáveis, na melhor das hipóteses. Eles costumam dar falsos-negativos e pode "perder" até 80% dos diabéticos tipo 2. O mais confiável é o exame de plasma em jejum, que pode ser feito em ratos após 5hs de jejum. O exame deve ser realizado duas vezes, uma vez em dias diferentes. Níveis de glicose plasmática de 135 ou maior indica positivo para diabetes tipo 2. A glicose no plasma pós-prandial superior a 175 também. Dependendo dos resultados do FGP, o veterinário pode decidir fazer um exame oral de tolerância à glicose para obter informação mais específica.



Estes ratos não estão de maneira nenhuma "condenados". Há muitas coisas que podem ser feitas para ajudá-los a ter uma vida mais normal e saudável. O importante é ter certeza de que há uma abundância de amortecimento por toda a gaiola, afim de evitar feridas nos pés. Várias camadas de camisetas ou moletons velhos podem ser usadas. As toalhas são desaconselhadas, já que ratos que sofrem de neuropatia têm mais facilidade em prender e arrancar as unhas nelas. Troque o tecido da gaiola diariamente e substitua por tecidos limpos.

Para ajudar a minimizar os efeitos da diabetes tipo 2, tente fazer com que seu rato faça algum exercício aeróbico por pelo menos 20-40 minutos. O exercício aumenta a sensibilidade à insulina de receptores de insulina nos músculos e esqueleto, assim como em células hepáticas. Isto, por sua vez, ajuda a reduzir os níveis de glicose no sangue. Rodinhas são perfeitas para isso. Outros tipos de exercícios aeróbicos incluem brincadeiras com vara para gatos, bolas penduradas, no entanto, esta é uma faca de dois gumes. Por causa da perda da função cardíaca, estes ratos tendem a não tolerar bem o exercício. Eles não são ativos e seria muito melhor deitar e comer do que brincar. Use com moderação.

Se algum petisco está sendo dado, PARE! Não dê vegetais, frutas, pipoca, massas cruas, batatas ou sobras (além de ossos). Mantenha a ingestão de proteína abaixo de 18%. Dê todos os dias, sem falha, um pedaço do tamanho da sua unha do polegar de pão de trigo integral, com os seguintes suplementos: 4 gotas de óleo de linhaça, 4-6 gotas de molho de alho, uma pequena quantidade de sálvia fresca ou crua e a cada duas semanas (na primeira semana dê duas vezes ao dia) adicione 4-5 gotas de tintura de equinácea.

O óleo de linhaça é dado porque é rico em Ômega 3, 6 e 9 e tem sido provado que ajuda significativamente o corpo na utilização da insulina que já produziu. O óleo de linhaça é o escolhido por ser uma das melhores fontes de ácidos graxos essenciais. Não cozinhe o óleo antes de dar aos seus ratos. Cozinhar muda a natureza essencial do óleo e reduz a eficácia. Molho de alho ajuda a limpar o excesso de colesterol e gordura da corrente sanguínea, previne a agregação plaquetária, aumenta o bom colesterol, promove a quebra de certos tipos de coágulos sanguíneos, reduz a pressão arterial, ajuda a sensibilizar os receptores de insulina (fígado e músculos), ajuda a fortalecer a produção e ritmo cardíacos. A equinácea ajuda a estimular o sistema imunológico do rato, é um imunoestimulante, aumenta a respiração celular e a produção de interferon.

Se os suplementos alimentares acima não funcionarem, a erva Gymnema sylvestre pode ser usada com cautela, pois vai diminuir os níveis de glicose no plasma. Esta erva estimula a secreção de insulina, reduzindo o colesterol e os triglicerídios. A dose é um décimo do recomendado para seres humanos, ou 40mg diários para cada rato diabético. Isso pode ser dividido em duas doses de 20mg/dia, uma pela manhã e outra pela noite.

Nas fases finais da diabetes tipo 2, a insulina pode precisar ser administrada. Caso seja necessária, é imperativo que a insulina seja administrada sempre no mesmo horário, normalmente no início da noite, todos os dias. Um veterinário pode determinar a dosagem apropriada, dependendo do peso do rato e seus exames.



Conclusão
 
Embora twisters diabéticos possam ter naturalmente um tempo de vida mais curto, há casos de ratos doentes que viveram mais de 2 anos.

Estes ratos não podem, no entanto, serem reproduzidos e serão inaceitáveis como reprodutores de um criador de qualidade. É melhor simplesmente desfrutar e cuidar desses gigantes 
descontraídos enquanto estão aqui. Eles podem trazer muita felicidade a seus donos e sempre terão um lugar especial no coração de alguém que já possuiu um (ou vários).
Atualmente têm-se encontrado ratos de tamanho e peso normais que são diabéticos, então, fique atento, porque nunca se sabe !
Espero que tenham gostado !

De : Karol , Nina & Lua  

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